28 agosto 2010

Hotel Marriot, Madrugada


Chove sobre teus olhos e nos vidros
como se fosse uma bússula da noite,
acende-se brilhante a agulha da Chrysler
em cima do arranha-céus mais belo do mundo.
A chuva vai adormecendo com o teu nome
e limpa o poço negro da melancolia.
As sirenes de urgência atravessam
túneis de alarme nas ruas desertas.
São as vozes ensurdecedoras do passado
que dizem que me detenha e volte para casa.
Nada no norte gélido da agulha.

©Joan Margarit

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