15 junho 2008

TESTAMENTO

Fotografia: ©Reuters

Deixo-te
os olhos do mar
e o instante
que se ergue,
sustentando luz;

a singeleza
das flores,
a melodia dos ventos
e as palavras
que, em tempo,
não te puderam ser ditas.

A lua brilhará para ti
no absoluto silêncio
das linguagens eternas.

E teu olhar,
transcendendo as linhas do
horizonte,
repousará no recôndito espaço imaginado
desses versos que te faço.

©Rose

Do lindo blog... Eternessências


Ceumar - Cantiga

7 comentários:

Rose disse...

Minhas palavras foram bem aproveitadas por você, Carol!
A combinação da imagem com a música de Ceumar- que eu conheci lá na sua Casa de Palavras!- ficou especial!...
Amei o seu carinho!
Beijo de gratidão e ternura!
Rose.

Anônimo disse...

Para escrever um testamento destes à que se ter uma sensibilidade feita de fios de plumas...

dade amorim disse...

Você também é fã de Ceumar? Que bom.
O poema combina com a música, um valoriza a outra.
Já no Rio, quem sabe desta vez... ;)
Beijo grande.

Gabriella Santos disse...

Quanta sensibilidade em um só lugar!!!
Será um prazer que você faça parte do meu hall de leituras, da mesma forma que você me desse a honra de participar do seu.
Um grande abraço de uma fã do seu blog.

Marilac disse...

Carol,
Nossa querida amiga Rose tem mesmo muita sensibilidade...
Li emocionada esse lindo testamento.
A imagem e a musica complementam com beleza e harmonia esse lindo post.

Esse verso em especial é um alerta para não deixar para depois uma manifestação de afeto :

" e as palavras
que, em tempo,
não te puderam ser ditas."


beijinhos,
Marilac

Anônimo disse...

Salve Carol!
Foto GENIAL! é o contrário de tudo que já vi, quem está em movimento está parado e o que está parado está em movimento... o máximo! Qual o significado disso, tudo que está parado está em movimento e o que está em movimento está parado?... loucura.
Então posso estar estático e ao mesmo tempo em movimento...Mas o pior seria estar em movimento mas estático, pois não levaria a lugar algum... abração jcaetano

Carol Timm disse...

Salve Cae,

Seja sempre muito bem-vindo!

Seu comentário me fez lembrar uma frase linda de Charles Chaplin: "O homem não morre quando deixa de existir, mas quando deixa de amar".

Beijos,
Carol