28 setembro 2007
NO POEMA
Pintura de Monet
NO POEMA
No poema ficou o fogo mais secreto
O intenso fogo devorador das coisas
Que esteve sempre muito longe e muito perto.
+++
REGRESSAREI
Eu regressarei ao poema como à patria à casa
Como à antiga infância que perdi por descuido
Para buscar obstinada a substância de tudo
E gritar de paixão sob mil luzes acesas
Sophia de Mello Breyner Andresen
Obrigado Hay por me fazer retornar à casa
e mais uma vez ao poema,
o que para mim são a mesma coisa.
NO POEMA
No poema ficou o fogo mais secreto
O intenso fogo devorador das coisas
Que esteve sempre muito longe e muito perto.
+++
REGRESSAREI
Eu regressarei ao poema como à patria à casa
Como à antiga infância que perdi por descuido
Para buscar obstinada a substância de tudo
E gritar de paixão sob mil luzes acesas
Sophia de Mello Breyner Andresen
Obrigado Hay por me fazer retornar à casa
e mais uma vez ao poema,
o que para mim são a mesma coisa.
25 setembro 2007
Poemas de MARIO QUINTANA
Imagem do Blog Mario Quintana
BILHETE
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
+++
DA FELICIDADE
Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!
+++
DA OBSERVAÇÃO
Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio…
+++
DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
+++
DO AMOROSO ESQUECIMENTO
Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
MARIO QUINTANA
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
+++
DA FELICIDADE
Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!
+++
DA OBSERVAÇÃO
Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio…
+++
DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
+++
DO AMOROSO ESQUECIMENTO
Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
MARIO QUINTANA
23 setembro 2007
É Primavera: arrisque-se!
Rir é correr o risco de parecer um tolo.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Abrir-se para alguém é arriscar envolvimento.
Expor os sentimentos é arriscar a expor-se a si mesmo.
Expor suas idéias e sonhos é arriscar-se a perdê-los.
Amar é correr o risco de não ser amado.
Viver é correr o risco de morrer.
Ter esperanças é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de falhar.
Os riscos precisam ser enfrentados, porque o maior fracasso da vida é não arriscar nada. A pessoa que não arrisca nada, não faz nada, não tem nada e nada é.
Ela pode evitar o sofrimento e a dor, mas não aprende, não sente, não muda, não cresce ou vive. Presa à sua servidão, ela é uma escrava que teme a liberdade. Apenas
quem arrisca é livre.
Não é porque as coisas são difíceis que não nos arriscamos; é porque não nos arriscamos que elas se tornam difíceis."
Leia um pouco sobre Séneca AQUI
16 setembro 2007
Agenda Cultural de Setembro
Livros à Vista!
Estamos no mês da XIII INTERNACIONAL BIENAL DO RIO DE JANEIRO. O Evento, que começou no dia 13/9, vai até o dia 23/9, no Riocentro.
O excelente blog LITERATUS, fez uma agenda das várias atividades da BIENAL DO RIO. Está tudo AQUI!
Salve a Poesia!
Eu tenho lido sobre muitas atividades culturais dedicadas à poesia, em setembro, acontecendo na cidade do Rio de Janeiro. Então, resolvi publicar alguns eventos que vão acontecer durante este mês e merecem DESTAQUE:
Estamos no mês da XIII INTERNACIONAL BIENAL DO RIO DE JANEIRO. O Evento, que começou no dia 13/9, vai até o dia 23/9, no Riocentro.
O excelente blog LITERATUS, fez uma agenda das várias atividades da BIENAL DO RIO. Está tudo AQUI!
Salve a Poesia!
Eu tenho lido sobre muitas atividades culturais dedicadas à poesia, em setembro, acontecendo na cidade do Rio de Janeiro. Então, resolvi publicar alguns eventos que vão acontecer durante este mês e merecem DESTAQUE:
- Dia 18/9 (terça-feira), às 20h30 no Canecão, RJ
Parem de falar mal da rotina não é um espetáculo convencional onde uma história é contada. Este espetáculo é um modo de vida, é uma visão de existência. É a maneira com que Elisa Lucinda, a atriz, roteirista e diretora da peça consegue expressar sua urgência e inquietude na busca interminável da liberdade de se poder viver plenamente, sem os famosos cárceres que nós mesmos nos impomos.
Acesse AQUI o site Escola Lucinda de Poesia Viva e veja outras atividades da Escola da Poetisa.
* * *
Dois eventos terão a presença do poeta gaúcho Fabrício Carpinejar no Rio de Janeiro:
- Dia 23/9 (domingo), às 19h30, performance e leituras ao lado de feras no CINEMATHÈQUE JAM CLUB (Voluntários da Pátria, 53 - Botafogo - RJ - 21 2539-0216)
- Dia 24/09 (segunda), às 18:30 no centro, autografando seu livro "Meu Filho, Minha Filha" na Escola Superior de Magistratura do Rio de Janeiro.
Cultural EMERJ - Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro
Avenida Erasmo Braga, 115/4º andar, Centro – RJ
Tels. (21) 3133- 3366 / 3133-3368
Clique AQUI para ver a Agenda da Primavera:
Todos os eventos da EMERJ são gratuitos e abertos ao público em geral.
10 setembro 2007
XX - O Tejo é mais Belo
Foto de Tolga Belmeck
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
Poema de Alberto Caeiro - Heterônimo de Fernando Pessoa
01 setembro 2007
Velha História
Um dia, ao pescar na beira de um rio, um homem pega um peixe.
A partir de um gesto de afeto do pescador,
os dois desenvolvem uma linda amizade
que é admirada por todos na cidade.
Do poema de Mario Quintana.
Este e outros Curta-Metragens
são encontrados no site: PORTA CURTAS
Assinar:
Postagens (Atom)